Miriam Bevilacqua

          Trezentos e sessenta e cinco oportunidades de fazer melhor. É exatamente assim que eu enxergo o começo de um novo ano. O quê fazer melhor? E eu respondo sem falsa humildade: tudo.

          Não existe nenhum aspecto da vida que eu acredito que não se possa aprimorar. Podemos melhorar em tudo, simplesmente, porque não somos perfeitos em nada. Eu não sou, pelo menos.

          Desde cuidados com a minha saúde, falar uma língua estrangeira mais fluentemente, ter mais atenção com os amigos, ser mais empática com desconhecidos, estudar mais literatura, escrever algo que encante as gentes, até compreender melhor que a vida é um sopro, tudo é possível avançar. Sempre há mais!

        Não traço grandes metas a cada novo ano. Minhas metas são modestas porque tenho medo da frustração causada por grandes expectativas não alcançadas. Prefiro passos pequenos do que voos livres de altas plataformas. Não é covardia, é prudência, autopreservação.

          De qualquer forma, me alegro com um novo começo. Sei que é apenas um corte no correr dos dias, e que, de verdade, nada mudou, mas, mesmo assim, é um corte para respirar, olhar pra trás, corrigir desvios, abastecer o tanque de esperança porque, de vez em quando, só precisamos parar para enxergar mais longe.

          São promessas? Acho que não! Só prometo aquilo que tenho certeza de que vou conseguir cumprir, mas o melhor é amplo, flexível, cresce um pouco ou muito a cada novo ano. Não tem tamanho certo, nem limite. Aqui estarei novamente no início de 2025, 2026, 2027 .... só querendo fazer melhor.

           Um muito, muito melhor 2024 pra você!

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São Sebastião, 02/01/2024