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       O MORRO DOS VENTOS UIVANTES

       

          Imagine um dramalhão com todos os elementos que se encontra em um verdadeiro drama: sofrimento, amor impossível, vingança, ódio, obsessão, ... Assim é o romance O Morro dos Ventos Uivantes, de 1847, que ganhou várias filmagens e também inspirou bandas inglesas de sucesso como Genesis e até a brasileira, Angra.

          Primeiro, vamos falar de sua autora, a inglesa Emily Brontë, filha de um severo reverendo na província de Yorkshire. O Morro dos Ventos Uivantes é seu único romance, já que ela morre de tuberculose, logo após a publicação de seu livro, com apenas 30 anos. Tanto ela, como suas duas irmãs, escreviam poemas, mas não há muito mais referências sobre a escritora, a não ser comentários sobre seu mau gênio e de que era antissocial. Como no século XIX, a escrita não era uma atividade bem vista para mulheres, Emily escrevia sob o pseudônimo masculino de Ellis Bell.

          O Morro dos Ventos Uivantes era o nome da propriedade em que a história se passa e que a autora localizou em Yorkshire. A narração da história é feita por Ellen, uma criada antiga da propriedade que aproveita a doença de um novo locatário que precisa ficar acamado, para lhe contar tudo que envolve o dono da propriedade, o implacável Heathcliff.

        A origem do famoso personagem Heathcliff é uma incógnita. Um belo dia, Earnshaw, o antigo proprietário, e que tinha dois filhos, Hindley e Catherine, vai fazer uma viagem de negócios e volta com Heathcliff, um órfão maltrapilho que ele diz ter encontrado perdido nas ruas de Liverpool, e que todos suspeitam fazer parte de um grupo de ciganos, em virtude de seus cabelos muito negros.             

          Ainda criança, Heathcliff vai ganhar todas as atenções de Earnshaw e provocar o ciúme de seu filho legítimo Hindley. Ao contrário do irmão, Catherine aprende a gostar de Heathcliff. Os dois vão se tornar amigos e depois se apaixonar perdidamente. Quando os pais morrem, anos depois, Hindley herda a propriedade e resolve se vingar de Heathcliff. E é aí que a história começa de verdade.

          Heathcliff é o que se chama em literatura de um arquétipo byroniano, aquele que não segue os padrões morais da sociedade em que vive, mas, ao mesmo tempo, tem grande paixão por alguém. Esse tipo de personagem fez muito sucesso em obras do século XIX, como é O Morro dos Ventos Uivantes.

        Apesar de ser considerado um clássico da literatura inglesa e mundial e um representante legítimo do romantismo, e, portanto, deve ser lido por todo mundo que gosta de conhecer vários gêneros literários, não é uma leitura tão prazerosa. Obviamente é muito bem escrito, mas mesmo sendo do romantismo creio que há um exagero nas desgraças e um final feliz um tanto quanto óbvio e previsível.

Vídeo-resenha: https://www.youtube.com/watch?v=8m5dzxjPTfU

FICHA TÉCNICA

Título Original – Wuthering Heights

Edição Original – 1847

Edição utilizada nessa resenha – 1980

Editora – Abril – São Paulo

Número de páginas – 311

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